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Análise de Risco I - Conceitos

Antes de explicar o que é “Análise de Risco” é importante definirmos alguns termos fundamentais.


O risco é, por Blaise Pascal em 1654, a probabilidade de ocorrência de um evento desfavorável. Segundo De CICCO e FANTAZZINI (1985), risco é “uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas. Danos a equipamentos ou estruturas, perda de material em processo, ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada”.

O perigo expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos. O dano, por sua vez, é a gravidade da perda humana, material ou financeira.


Análise de Risco é uma das etapas do Gerenciamento de Risco, que envolve ainda: avaliação do risco, definição de medidas preventivas, e eliminação ou minimização do risco (Figura).

A análise de risco, calcada na proteção à saúde e segurança do trabalhador, compreende três etapas fundamentais:

  1. reconhecimento (identificação) dos riscos existentes;

  2. estudo e análise da conjuntura existente, definindo os pontos críticos; e

  3. controle dos riscos existentes

Assim, a análise de riscos especifica as prioridades para os níveis de intervenção das medidas de controle:

1ª prioridade: eliminação da fonte poluidora

2ª prioridade: controle de risco na fonte geradora (proteção coletiva)

3ª prioridade: controle do risco no meio, entre a fonte e os indivíduos (proteção coletiva)

4ª prioridade: controle do risco a que está exposto o individuo diretamente envolvido (proteção individual)


IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS.

A identificação de riscos é indubitavelmente a mais importante das responsabilidades do gerente de riscos. É o processo através do qual, continua e sistematicamente, são identificadas perdas potenciais .O conhecimento pormenorizado das entradas e saídas, fluxos e as relações entre cada uma das unidades que compõem o sistema estudado é fundamental, e se constitui a base para a identificação dos riscos. Na verdade, não existe um único é ótimo método para se identificar os riscos. Na prática, a melhor estratégia é combinar os vários métodos existentes adequando-os à realidade específica e obtendo-se o maior número possível de informações sobre riscos. Alguns métodos de identificação são descritos a seguir


CHECKLISTS E ROTEIROS

São questionários, roteiros e outros do gênero que podem ser obtidos em publicações especializadas. Apesar de conterem bastante informação, pode ocorrer omissão de situações de risco vitais para o sistema.


INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

Baseia-se na busca de riscos comuns, já conhecidos teoricamente, o que facilita a prevenção de acidentes. Utiliza-se formulários específicos para cada tipo de inspeção, caso seja detectada alguma irregularidade, é elaborado um relatório de inspeção onde são registrados os pontos negativos encontrados, como também medidas para correção.


INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

Investiga-se detalhadamente os acidentes (onde, quando, como, comportamento do acidentado, atividade exercida). Assim, o método baseia-se não só nos conhecimentos teóricos, mas também na capacidade de dedução e/ou indução do responsável pela investigação, desta forma, as informações recolhidas servirão para investigar as causas do acidente.


FLUXOGRAMAS

São elaborados para identificar as entradas e saídas de um sistema, bem como as de suas etapas (procedimentos) e a relação entre estas. Pode-se assim identificar as respectivas perdas que podem vir a ocorrer.


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DE CICCO, Francesco M.G.F; FANTAZZINI, Mario Luiz - Técnicas modernas de gerência de risco. São Paulo. IBGR, 1985. 181p.


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